Processo de Alfabetização para Crianças com Autismo

Por:Circuito PSI
Novidades

30

ago 2021

#autismo #TEA #alfabetização

Sabemos que algumas crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) apresentam hiperfoco em letras. Desde pequenas já reconhecem as letras, sabem falar o alfabeto, e, algumas crianças fazem isso em outros idiomas. Não quer dizer que elas saibam ler e escrever, ou que o processo de alfabetização será mais fácil, mais rápido. Mesmo com o hiperfoco em letras e reconhecendo o alfabeto, o processo para ler e escrever configura-se em uma etapa de aprendizado distinta.

Há casos de crianças (com 3, 4 anos) que surpreendem as famílias mostrando habilidade de leitura e escrita, mesmo que isso não tenha sido estimulado na escola ou em casa.

Certamente, nem todas as crianças com TEA são iguais, o desenvolvimento de cada uma será único.

E, as crianças que ainda não falam (‘não verbais’)? As crianças que falam pouco (apenas palavras) e não formam frases completas? Podem ser alfabetizadas? Como se dará o processo de alfabetização?

O que temos visto na prática clínica, baseada em evidencias, é que uma grande parte destes pacientes conseguem desenvolver as habilidades específicas do processo de alfabetização. As crianças com ou sem diagnóstico de TEA que sinalizam algum ATRASO de LINGUAGEM ORAL podem apresentar, também, atrasos e dificuldades na aquisição da leitura e da escrita. Por esse motivo, o processo de alfabetização deverá ser estruturado com metodologias/métodos eficazes. Precisamos avaliar corretamente a criança e traçar o plano com clareza. Temos que saber aonde estamos e aonde queremos chegar. Quais as estratégias serão usadas para a criança conseguir atingir os objetivos?

Estudos mostram que as crianças se beneficiam quando, além de ensinarmos o nome das letras, ensinamos o som da letra, estabelecendo a relação: fonema-grafema/som-letra.

Independentemente do método escolhido (multissensorial, fônico ou global) o que percebemos é que as crianças com TEA necessitam de informações explicitas, objetivas, e, claras, sem margem para dúvida.

Usar materiais concretos e dar pistas visuais facilitam o processo de alfabetização. Então, podemos associar as letras/grafemas e palavras a objetos concretos e figuras. Podemos usar, ainda, recursos táteis/cinestésicos.

Para àquelas crianças que, mesmo com todo suporte adequado, observa-se uma evolução lenta é preciso pensar nas comorbidades que podem estar associadas ao TEA.

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