ANSIEDADE nos tempos atuais

Por:Circuito PSI
Novidades

20

nov 2018

O que muda em nós com as mudanças do mundo?

As novas formas de ser, de viver e de se relacionar interferem no nosso modo de sofrer?


As patologias atuais são inúmeras e, sem dúvida, as classificações para os níveis de ansiedade são as mais acolhidas na clínica psicológica da contemporaneidade. Antigamente, ouvia-se que a depressão era o ‘mal do século’, hoje, a ansiedade é quem pode receber esse título.

Nos anos 80, o DSM III (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou Manual de Diagnóstico e Estatística das Transtornos Mentais) registrou algumas categorias do Transtorno de Ansiedade, como o pânico e a fobia social. De lá para cá, as classificações aumentam a cada ano, para entendimentos e diferenciação dos quadros de ansiedade.

Dentre as classificações temos os CID’s (International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – ICD):

CID 10 – F40     Transtornos fóbico-ansiosos

CID 10 – F40.0   Agorafobia

CID 10 – F40.1   Fobias sociais

CID 10 – F40.2   Fobias específicas (isoladas)

CID 10 – F40.8   Outros transtornos fóbico-ansiosos

CID 10 – F40.9   Transtorno fóbico-ansioso não especificado

CID 10 – F41      Outros transtornos ansiosos

CID 10 – F41.0   Transtorno de pânico (ansiedade paroxística episódica)

CID 10 – F41.1   Ansiedade generalizada

CID 10 – F41.2   Transtorno misto ansioso e depressivo

CID 10 – F41.3   Outros transtornos ansiosos mistos

CID 10 – F41.8   Outros transtornos ansiosos especificados

CID 10 – F41.9   Transtorno ansioso não especificado

CID 10 – F93      Transtornos emocionais com início especificamente na infância

CID 10 – F93.0   Transtorno ligado à angústia de separação

CID 10 – F93.1   Transtorno fóbico ansioso da infância

CID 10 – F93.2   Distúrbio de ansiedade social da infância

CID 10 – F93.3   Transtorno de rivalidade entre irmãos

CID 10 – F93.8   Outros transtornos emocionais da infância

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Com o passar dos tempos, o mundo muda e as pessoas também mudam (e vice-versa). Da mesma maneira, os diagnósticos mudam acompanhando os sintomas contemporâneos.

E, inferir na clínica PSI nos tempos atuais compele a seguinte pergunta: quem não é ansioso (a) hoje em dia (com tantos estímulos, tantas possibilidades, tantas informações e pressões)?

Na ‘era biologizante’ os diagnósticos surgem com respostas aos anseios não só dos pacientes como também da indústria farmacêutica. A patologização do sofrimento humano facilita fomento de entendimentos dos quadros ansiosos via questões exteriores.  Pouco se elucidam a respeito das questões interiores. Os pacientes passam a buscar respostas no ambiente e em comportamentos para suas angústias e sensações intrapsíquicas.

No geral, a ansiedade é relatada como uma sensação vaga e desagradável de medo, apreensão, caracterizada por tensões ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.

Os transtornos ansiosos apresentam sintomas primários, ou seja, não derivados de outras condições psiquiátricas como depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc. No entanto, observa-se casos em que vários transtornos estão presentes ao mesmo tempo. Nesses casos não é possível identificar o que é primário e o que não é. Sendo assim, esse paciente será tratado em mais de um diagnóstico coexistente, caracterizado por comorbidades.

Considerando esse cenário que envolve os quadros de ansiedade, além de soluções externas, o paciente deve avaliar pontos básicos para a retomada do autocontrole. Esses pontos poderão ser guiados na psicoterapia ampliando reflexões sobre as preocupações excessivas, sobre a agitação e sensação de estar ‘no limite’, sobre o cansaço fácil, irritabilidade, tensões musculares, problemas com o sono, dificuldade de concentração ou sensação de ter ‘brancos’ na mente.

Diferenciar a ansiedade normal da ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não.

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