Por:Circuito PSI
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fev 2018
Todo início de ano comumente faz-se momento oportuno para refletirmos sobre nossas perspectivas e projetos, mas também pensarmos sobre o que deixamos de realizar no ano anterior. Contudo, não raro nos deparamos com a ideia de que o tempo esta passando rápido demais e que não estamos “resolvendo” nossas questões. Essa frustração frequentemente vem ligada a sentimentos de culpa e baixa estima, paralisando ainda mais as pessoas e retardando a efetiva realização de seus desejos e anseios.
O que talvez não fique tão claro é que o desenvolvimento e execução de projetos demanda uma organização para além das questões objetivas como dinheiro e tempo, mas também de condições emocionais.
Percebemos cada vez mais nas experiências do consultório pessoas que almejam algo, mas não sabem como e quando realizar, bem como sentimentos negativos entorno desta não realização. Aprofundando um pouco mais, uma das dificuldades percebidas é o não fechamento de um ciclo, que liga a pessoa emocionalmente em outra ou em um problema estabelecido em algum período, sem fechamento, ou seja, questões mal resolvidas. Essas questões mal resolvidas podem estar ligadas a diversos campos, como por exemplo: relacionamentos, conflitos familiares, frustrações, decepções, perdas, doenças, mudanças, etc.
Que todos temos dificuldades na vida em mudanças as quais teremos que lidar, disso ninguém tem dúvida. A questão é como estamos lidando com as nossas dificuldades? Estamos negando, adaptando ou ressignificando? Daí a pergunta provocativa do título.
As questões mal resolvidas hora ou outra irão impactar no estado emocional e na realização ou não de projetos. Como posso me dedicar a um novo trabalho com afinco se ainda gasto considerável tempo e energia relembrando as situações vividas no emprego anterior? Como posso buscar um novo relacionamento afetivo se a mágoa e frustração do anterior teimam em tirar meu sono? Essas são algumas perguntas que podemos fazer para uma reflexão do que de fato nos “trava”.
Nessas reflexões também podemos pensar como esta nossa resiliência, ou seja, nossa capacidade de lidar com problemas, adversidades e mudanças em nossas vidas.
O autor Frederich Flach (1991) nos traz, independente do ciclo de vida em que estivermos, temas universais e que devem ser observados de forma a auxiliar a superar os momentos de dificuldade na vida, sendo eles:
Outra questão importante é se estamos dando conta de, minimamente, percebemos nossas dificuldades e entraves e, ainda, se estamos conseguindo lidar com estes de forma assertiva. Se não, considere a possibilidade de buscar ajuda profissional.
Referência:
FLACH, Frederic F. Resiliência: a arte de ser flexível. São Paulo: Saraiva, 1991.